Tui-Na e o Chi kun conquistam adeptos

Imprimir Por Administrador 11/07/2009

Técnicas como a Tui-Na e o Chi kun conquistam adeptos

16/08/2008 20:39:00

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Técnicas como a Tui-Na e o Chi-Kung já conquistam adeptos na cidade

André Bernardo

Gislandia Governo e André Bernardo

Rio - Apesar de existirem há milhares de anos, algumas terapias da medicina chinesa ainda não desfrutam da popularidade da acupuntura. Mesmo assim, técnicas menos conhecidas, como a ventosaterapia, a Tui-Na e o Chi-Kung, já começam a ganhar adeptos no Rio.

“A medicina chinesa se destaca pela visão holística. Valorizamos o paciente como um todo: mente, corpo e espírito. Já a ocidental é segmentada. Quando você vai ao cardiologista, ele só vê seu coração e nada mais”, afirma Jou Eel Jia.

Uma das terapias mais curiosas é a ventosaterapia. Como o próprio nome diz, utiliza ventosas em forma de lâmpadas para criar sucção na pele e estimular o equilíbrio energético do paciente. O funcionário público Daniel Lisboa, 34 anos, que sofre com dores lombares, já aprovou: “Além de aliviar a dor, dá uma sensação de relaxamento indescritível”.

Tão inusitada quanto a ventosaterapia, só mesmo a Tui-Na. A julgar pelas cotoveladas e beliscões, essa massagem mais parece uma ‘sessão de tortura’. “Dói, mas só no começo. Mesmo assim, vale a pena. Ao fim das sessões, fico nas nuvens”, atesta a operadora de telemarketing Ediléia Fernandes, 42.

Menos ‘agressivo’ que a Tui-Na, o Chi-Kung é uma autêntica ginástica ‘zen’. “Os exercícios são integrados à prática da meditação e fazem bem à respiração, à circulação sangüínea e à postura”, afirma o professor Luiz Adonai Martins, 33.
Por conta do crescente interesse do público pela medicina chinesa, o terapeuta Rodolfo Correa Lima, do Centro de Estudos do Corpo e Terapias Holísticas, faz um alerta: “As pessoas não devem abandonar o tratamento médico convencional porque as terapias chinesas são complementares”.

TERAPEUTAS ESTUDAM ATÉ FISIONOMIA PARA TRAÇAR DIAGNÓSTICO

Para os orientais, o corpo fala. E muito. Um vinco na testa, uma vista cansada e até o timbre de voz ajudam o especialista em medicina chinesa a traçar o diagnóstico do paciente. Pela tradição oriental, a consulta médica nada mais é do que uma avaliação energética. Exames clínicos podem até ser solicitados, mas só em último caso. “Quando está amarelado, por exemplo, o fundo do olho pode indicar algum desequilíbrio energético no fígado”, exemplifica o terapeuta Rodolfo Correa Lima.

Mais do que esperar a doença se manifestar para tratar dela, a medicina chinesa é essencialmente profilática. Ou seja, vale a máxima do “prevenir é melhor do que remediar”. Diretor do Instituto Brasileiro de Medicina Tradicional Chinesa, Márcio De Luna lembra que, na China antiga, os médicos eram remunerados de acordo com o número de habitantes que não adoeciam. “A intenção da medicina tradicional chinesa é agregar valor à ocidental. Juntas, as duas são melhores do que cada uma separadamente”, filosofa Márcio.